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(RE)INVENTAR A CIDADE EM TEMPOS DE MUDANÇA Um mundo em mudança requer cidades e territórios que acomodem
essa alteração e que se ofereçam aos seus habitantes e visitantes, utilizadores e construtores
da sua dinâmica, em contexto de segurança, e que sejam ainda indutores de bem-estar e de iniciativa. (Re)inventar é assim, refazer ligações conhecidas com nova matéria-prima,
projectar conexões e vivências com a memória do que se conhece e se respeita, mas com a criatividade
e o engenho ao serviço do futuro. Mudança, por outro lado, é reconhecer limitações e potencialidades,
e preferencialmente ter controlo sobre as acções e decisões a tomar para que não haja rupturas tanto
na esfera pessoal como na colectiva. O século XXI oferece aos actores (técnicos, promotores, população e políticos) desafios únicos que se prendem essencialmente com duas condições: as dinâmicas demográficas e o dever da sustentabilidade. O modelo do urbanismo liberal que tem regulado a maioria das intervenções urbanas nos últimos 40 anos encontra-se desgastado, inoperante e incapaz de se auto-regular ou regenerar, tendo posto a descoberto uma crise de valores que dificulta em muito a evolução das sociedades para um novo paradigma que responda eficazmente aos desafios atrás apontados. Avizinha-se o término de um ciclo, e invariavelmente, a mudança faz-se a diferentes velocidades e de múltiplas maneiras. Perceber e reflectir sobre esta mudança que se anuncia, mas que tarda em se materializar, é o objectivo deste congresso. |